Praças da Primeira Infância em Uruçuca (BA)
Alguns municípios brasileiros vêm testando a transformação de suas praças para incentivar as brincadeiras, as experiências ao ar livre e a ocupação do espaço urbano pelas crianças pequenas e seus cuidadores. É o caso de Uruçuca (BA), uma cidade que, apesar de ter muitas praças, poucas possuem lugares de brincar para crianças de primeira infância e locais de encontro para os cuidadores – resultando em espaços normalmente vazios.
Com a vontade de ver resultados em curto prazo e pouco orçamento em mãos, a equipe da cidade, liderada pela diretora de Cultura, Livia Barbosa, optou por intervenções com urbanismo tático e mutirões, envolvendo as escolas de educação infantil para os processos participativos. Uniram-se ao projeto as secretarias de Educação e de Infraestrutura e, para apoiá-los, juntaram-se o CECIP, o Laboratório da Cidade e Maia Lafer, consultora de urbanismo.
Foram selecionadas a praça do Gás e a Evandro Magalhães. As intervenções foram baseadas em três itens-chave: brinquedos construídos com madeira, espaços de encontro e pinturas lúdicas.
A estratégia de intervenção começou com a análise das praças, levando em conta a proximidade de equipamentos de educação infantil, para que as praças funcionassem como pontos de encontro antes e depois das aulas.
O projeto de requalificação compreendeu quatro etapas: escuta das crianças e de cuidadores, elaboração de projeto, devolutiva para as crianças e cuidadores e aprovação final.
A proposta fortaleceu-se diante dos resultados: as praças anteriormente subutilizadas transformaram-se em espaços vibrantes, envolvendo a comunidade em uma variedade de atividades. Vizinhos passaram a cuidar das praças, que viraram ponto de encontro.