O começo da vida lá fora: a experiência prática da cidade de Jundiaí

Conexões genuínas entre as crianças e a natureza podem revolucionar o futuro. E essa descoberta ainda é possível nos grandes centros urbanos do mundo. Evidências científicas apontam que a falta de contato com a natureza pode contribuir para problemas físicos e mentais. No filme “O Começo da Vida 2  – Lá Fora”,  idealizado e produzido por Maria Farinha Filmes, Instituto Alana e Fundação Boticário, os principais especialistas no tema mostram como essa conexão pode fazer parte da cura para os maiores desafios da humanidade contemporânea e da construção de uma vida de mais bem-estar e felicidade.

“Garantir o direito das crianças ao contato direto e cotidiano com a natureza é um desafio sistêmico que demanda uma mudança de paradigma. Este filme nos conta como o confinamento da infância já era uma realidade, e vem contribuir para relembrar a sociedade de que é fundamental devolver às crianças a chance de viver uma infância livre, saudável e rica em natureza”, afirma Laís Fleury, coordenadora do Programa Criança e Natureza do Instituto Alana.

A experiência de Jundiaí

O filme revela que esse pensamento tem sido transformador em diversas cidades pelo planeta que valorizam e promovem uma maior conexão com o mundo natural. No longa, é possível conhecer diversas experiências onde esse movimento provou-se potente, como em Jundiaí (SP), um dos municípios que compõem a Rede Urban95 Brasil por acreditar que o bem-estar dos bebês e das crianças é o melhor indicador para qualificar uma cidade vibrante, próspera e saudável.

Marcelo Peroni, gestor de Cultura de Jundiaí, durante encontro do Comitê das Crianças (Foto: Felipe Cardoso/Urban95)

“Normalmente, a relação das crianças com a cidade é quase nenhuma, é construída a partir das imagens vistas pela janela do carro”, avalia Sylvia Angelini, diretora do departamento de Urbanismo, planejamento urbano e meio ambiente da cidade de Jundiaí. Para Marcelo Peroni, gestor da unidade de Gestão Cultural de Jundiaí, “uma cidade que é melhor para as crianças tem mais compromisso com a vida. A cidade como um todo precisa ser uma área possível de convivência”.

A criação de um Conselho de Crianças para consulta aos pequenos sobre algumas ações do município voltadas a esse público incrementou a participação social no município, tão importante para garantir a longevidade dos projetos. O Comitê é composto atualmente por 12 meninos e 12 meninas. “Nós, cidades, temos que nos unir. Não podemos ser uma ou 10 cidades das crianças. Devemos almejar um Brasil cheio de cidades que escutam e valorizam os direitos das crianças”, afirma Peroni.

Assista ao filme e conheça melhor a cidade: