Experiências de uso de dados a favor da primeira infância

Como usar dados para elaborar políticas públicas para crianças pequenas e suas famílias? Esse foi o ponto de partida do Webinar Gestão de dados a favor da primeira infância, realizado pela Urban95. O encontro aconteceu em 20 de outubro de 2021, das 9h às 10h30, e trouxe experiências de diagnóstico e análise de informações sobre bebês, crianças pequenas e cuidadores em São Paulo (SP) e Sobral (CE).

Para início de conversa, os participantes receberam as boas-vindas da coordenadora de programas da Fundação Bernard Van Leer, Thais Sanches. “Estamos muito felizes de ver as novas cidades Urban95 se integrando e abraçando a agenda da primeira infância. Queremos fortalecer cada vez mais a troca entre as cidades da iniciativa”, afirmou.

Em seguida, a coordenadora da Urban95 no CECIP Centro de Criação de Imagem Popular, Isabella Gregory, deu um panorama das ações Urban95 nos 11 municípios acompanhados pela organização. Entre os destaques estão as escutas de crianças em Benevides e Alcinópolis, e a realização do Urban Hackathon Teresina 2030. Além disso, todas já formaram seus comitês pela primeira infância, e a maioria está trabalhando nos diagnósticos territoriais.

Três formas de usar dados a favor da primeira infância

A construção do diagnóstico situacional da primeira infância foi abordada nas duas primeiras experiências apresentadas no evento. Para começar, a especialista em dados da Rede Nossa São Paulo Paloma Lima explicou como o uso de dados ajuda gestores e gestoras a serem estratégicos e assertivos nas suas decisões. Ela também mostrou o Mapa da Desigualdade da Primeira Infância e destacou a importância de olhar para as múltiplas desigualdades.

“O monitoramento é uma maneira de avaliar quanto cada cidade está avançando na redução da desigualdade e também nas pautas da primeira infância”

– Paloma Lima, especialista em dados da Rede Nossa São Paulo.

Depois foi a vez de ouvir a coordenadora da Política Municipal Integrada pela Primeira Infância da cidade de São Paulo, Karina Tollara. A especialista falou sobre o processo de elaboração do PMPI do município, que foi inspirado no Mapa da Desigualdade. O primeiro diagnóstico foi realizado em 2018 e o segundo em 2021, quando foram incluídos dados de raça e cor, além de mortes por Covid-19.

O momento de troca de experiências foi finalizado com o relato de Sobral (CE), cidade que entrou para a iniciativa Urban95 este ano. Quem falou foi Carlos Romualdo, gerente da Estratégia Trevo de Quatro Folhas, um programa de atenção à redução da mortalidade materna e infantil. Ele contou como o município identificou e encaminhou, com o apoio de dados, a necessidade de potencializar o cuidado com recém-nascidos prematuros e com crescimento intra-uterino restrito.

Confira o vídeo do encontro completo, que também contou com a participação do público com perguntas e comentários: