Notícias e artigos
13.12.2021
Mudando cidades com e para as crianças
Cidades amigáveis para a primeira infância são boas para todos nós
Como grande parte da população mundial hoje vive em cidades, são nesses espaços que estão crescendo e buscando oportunidades de desenvolvimento e aprendizado os futuros cidadãos do planeta. Assim como os centros urbanos oferecem oportunidades variadas de experiências e experimentos, os efeitos negativos da urbanização são inúmeros e cada vez mais preocupantes. O emparedamento e o distanciamento da natureza, a redução das áreas naturais, a poluição ambiental e escassez de espaços públicos ao ar livre são alguns dos riscos para o desenvolvimento infantil integral.
Uma cidade para crianças pode se adaptar ao investir em intervenções urbanas lúdicas, no planejamento de um sistema de transporte que priorize pedestres ou na instalação de áreas verdes e parques naturalizados. As ruas e calçadas também podem ser mais, ou menos, convidativas para bebês, crianças pequenas e outros públicos mais vulneráveis, como idosos. Uma boa iluminação, sinalização adequada e passeios largos, com mais de 3 m, propiciam uma circulação mais atrativa e segura.
Os impactos do confinamento e da falta de contato com a natureza se potencializam em bairros densamente habitados e de alta vulnerabilidade social, onde as crianças perdem chances valiosas de correr e brincar ao ar livre. Assim, não só a gestão pública pode influenciar a construção de cidades para crianças, mas a comunidade deve participar de uma conscientização sobre a importância de voltarmos à natureza. As escolas e centros comunitários também podem incorporar elementos que tragam mais qualidade ambiental e conforto para os usuários.